maio 20, 2020 Por Paloma Affonso Off

Calopsita

Calopsita

A calopsita (português brasileiro) ou caturra (português europeu) (Nymphicus hollandicus) é uma ave que pertence à ordem Psittaciformes e à família Cacatuidae. Natural da Austrália, a espécie foi descrita pela primeira vez em 1792.

A calopsita é o único membro do gênero Nymphicus. Ele já foi considerado um papagaio de crista ou pequena cacatua; no entanto, os estudos moleculares mais recentes têm atribuído a sua própria subfamília cacatua único Nymphicinae . É, portanto, agora classificado como o menor membro da família Cacatuidae. Calopsitas são nativas da Austrália, e favorecem os pântanos australianos, cerrado e terras mato.

Calopsita

Em 1838 um ornitólogo inglês, John Gould, viajou para a Austrália com o objetivo de estudar a fauna e realizar desenhos de aves. Ele foi o responsável pela fama mundial das calopsitas pois ele foi o primeiro especialista a levar calopsitas para fora da Austrália. Em 1884, a fama das calopsitas cresceu, porém foi em 1950 que a popularidade aumentou de forma bastante considerável por causa do arlequim, calopsita surgida através da primeira mutação de cor.

As calopsitas são aves geralmente dóceis que podem ser conservadas como animal de estimação. São bastante ativas e emitem gritos, assobiam e muitas chegam até a imitar sons que ouvem com frequência (ex.: seu nome, ou alguma outra palavra que ouve constantemente). Geralmente apenas os machos conseguem falar ou cantar, há algumas exceções em que fêmeas cantam.

A plumagem pode variar de cor de acordo com as mutações, a maioria, com exceção das “Cara Branca” e “Prata”, tendo em cada face, uma pinta laranja na área dos ouvidos. A crista no topo da cabeça também varia de cor e tem o comprimento médio de 3 cm.

São aves resistentes e suportam bem o clima, desde que convenientemente abrigadas contra ventos e frio extremos. Com uma alimentação balanceada e o cuidado adequado, podem viver até 25 anos. A alimentação é uma das questões mais importantes para o bem estar da ave e deve ser pensada tendo em conta o espaço que a ave tem para fazer exercício e em função do clima. Exceto por algumas restrições, tais como abacate, alface, tomate e caroços (de frutas) em geral, frutas e legumes podem entrar na dieta das aves, porém devem ser oferecidos com moderação, pois em exagero podem causar diarreia ou obesidade, verduras verde escuras são altamente indicadas e podem ser oferecidas constantemente.

Para aves que não tenham possibilidade de fazerem exercícios deve se evitar incluir na dieta alimentos com alto teor em gordura como a semente de girassol. Para este animal poder ingerir semente de girassol ou semente de linhaça, por exemplo, ele precisaria voar muitos quilômetros para gastar a energia contida.

Atualmente pode ser notado o crescimento da ave como animal de estimação, por sua característica carinhosa, mas deve-se haver a preocupação contínua com o cuidado da mesma, principalmente quando vivem soltas, já que, infelizmente, ainda não há um número expressivo de profissionais para cuidados da espécie.

Com este crescimento é possível perceber o aumento de PetShops que disponibilizam, ainda que em número pequeno, “playgrounds”, brinquedinhos e outros utensílios para distrair a ave.

Quando se pensa em pets é comum associarmos a palavra a gatos e cachorros. Porém, a cada dia mais pessoas adotam outro bichinho para cuidar e ter em casa: a calopsita.

As razões para isso são inúmeras, como o seu comportamento carinhoso e o companheirismo. Não é à toa, por exemplo, que ela é facilmente acostumada ao convívio do lar, circulando livremente pela residência mesmo que tenha uma gaiola.

Por ser um pássaro exótico e de origem australiana, é normal que surjam dúvidas sobre como cuidar de calopsita de forma apropriada para que sua perspectiva de vida seja ampliada. Por essa razão, preparamos este post sobre essa ave especial e cheia de encantos. Confira!

CUIDADOS COM A ALIMENTAÇÃO

A alimentação é, sem dúvidas, um dos pontos mais importantes ao qual você deve se atentar ao cuidar de calopsita. Afinal, o que a ave consome tem um papel essencial no crescimento e no desenvolvimento dela.

Por essa razão, você deve contar com uma ração com alto teor nutricional em vitaminas, proteínas e minerais que permita uma dieta balanceada e equilibrada com ingredientes diversificados e selecionados, como grãos e sementes, para o consumo diário dela.

Além disso, você pode complementar o cardápio de refeições do seu bichinho com frutas ou mesmo verduras, como banana, maçã, abobrinha, laranja, cenoura, rúcula, chuchu, couve-flor, espinafre etc.

Contudo, fique atento ao que é oferecido a ele, pois assim como ocorre com outros pets, há uma série de alimentos tóxicos que devem ser evitados para não causar reações alérgicas ou ainda pior: danos à saúde e o bem-estar do pássaro. Alguns exemplos são os lacticínios, o café, os doces, os chocolate e as bebidas alcoólicas.

Já a água, por sua vez, deve ser filtrada ou mineral e ser trocada diariamente para que possa ser ingerida sempre limpa, fresca e livre de contaminações nocivas à calopsita.

CUIDADOS COM A SAÚDE

Outro aspecto que requer sua atenção é a saúde da calopsita. Isso porque caso você não tenha experiência de convívio e, principalmente, cuidado com pássaros será necessário estabelecer uma rotina de observação ao comportamento da ave.

Lembre-se que as calopsitas são pets brincalhões, que gostam de explorar o ambiente ao seu redor e fazem questão de estar ao lado do seu tutor. Logo, quando demonstram atitudes muito opostas a isso, como abatimento, falta de apetite, penas eriçadas ou desinteresse contínuo em sair da gaiola, é um sinal de que algo está errado.

Portanto, não hesite em levar o seu bichinho ao veterinário para uma consulta e posterior tratamento com remédios e/ou suplementos além, é claro, de uma rotina de acompanhamento e exames.

Outro ponto importante quanto à saúde e o bem-estar do pet é que tanto a gaiola quanto os cômodos nos quais ele circula devem ter temperatura média de 25°C, pois é um pássaro extremamente sensível e que pode adoecer com mudanças climáticas bruscas no inverno, por exemplo. Portanto, cubra a gaiola com um cobertor ou manta e, se preciso for, utilize um aquecedor em casa.

Já em caso de comportamento agressivos, é importante usar luvas ao manuseá-lo e avaliar quais as atitudes que a calopsita demonstra. Isso porque algumas delas podem ser características de um gênero e representar indícios naturais de que deseja acasalar e fazer ninho.

Por isso, é necessário saber distinguir o sexo da ave. Machos, por exemplo apresentam abertura constante de asas, emissão de grunhidos ou cantos e manchas nas bochechas mais brilhantes. Por sua vez, as fêmeas são mais silenciosas, tendem a bicar mais e possuem as manchas nas bochechas de cor alaranjada suave.

CUIDADOS COM A HIGIENE

Outro ponto fundamental ao cuidar de calopsita é a higiene, especialmente da gaiola e do pedestal dela. Isso significa, na prática, limpá-la diariamente para evitar o acúmulo de dejetos e penas — o que pode tornar o espaço propício ao surgimento de bactérias, fungos e outros germes que podem afetar a saúde da ave.

Outro ponto relevante são os alimentos oferecidos na rotina do pássaro, principalmente as frutas e verduras, que devem ser retirados quando não consumidos para não se tornarem fonte de bolor e atrair insetos ou mesmo outros animais, caso você também tenha cachorros e gatos na residência.

Além disso, é necessário efetuar a limpeza dos bebedouros para remover sujeiras e possíveis pontos de umidade que possam contaminar a água que será ofertada ao pet. O mesmo também é válido para o recipiente no qual a ave se banhará, caso ela seja adepta do método da “banheira” dentro da gaiola.

CUIDADOS COM O ACASALAMENTO

Ao decidir cuidar de calopsita é necessário que você leve em consideração se há o desejo de que a ave tenha a companhia de outra da sua espécie ou se ela será criada sozinha. No caso da primeira opção, a reprodução dos pássaros deve ser considerada como um fator importante na criação e manutenção deles.

Afinal, assim que atingem um ano de vida as calopsitas já podem se reproduzir e se tornam capazes de gerar uma média de 4 a 7 ovos por ninhada.

Mas, para tanto, será preciso que exista um ninho, preferencialmente de madeira, na gaiola delas ou em um espaço reservado da sua casa para que o acasalamento ocorra com êxito.

O ideal é que as aves tenham, no máximo 3 posturas por ano para não se exaurirem. Além disso, o tempo de choca, isto é, de incubação dos ovos pode durar até 3 semanas.

Por essa razão, é importante evitar o contato com as aves ou tentar retirá-las do ninho à força nesse período para não estressá-las e atrapalhar o processo de eclosão deles. Outro ponto importante é aumentar a oferta de comida e água, pois nessa fase são os próprios pássaros que alimentam os filhotes.

Gostou de saber mais sobre como cuidar de calopsita? Então leia e releia quantas vezes desejar os tópicos abordados neste post para garantir que você está oferecendo um ambiente adequado à criação dessa ave especial que pode ser um pet bastante companheiro e carinhoso.  

A calopsita tem a crista que expressa o seu estado emocional, ela pode ficar ereta quando a ave está assustada ou animada, levemente deitada em seu estado neutro ou relaxado, e rente a cabeça quando o animal está com raiva ou defensiva. A crista também é plana, mas se arrepia para fora na parte de trás quando a ave está tentando parecer atraente ou sedutora. Em contraste com a maioria das aves da família Cacatuidae que tem as penas da cauda com cerca de 30 cm a 33 cm (12 a 13 ins), a calopsitas tem longas penas na cauda, chegando a aproximadamente metade do seu comprimento total, varia entre 30 cm a 60 cm (12-24 polegadas) de comprimento.

Calopsitas são nativas da Austrália, e são encontradas em grande áreas de clima árido ou semi-árido do país, sempre próximas à água. Em grande parte nômade, a espécie se move para onde tenha comida e água em abundância disponível. Elas são tipicamente vistas em pares ou em pequenos bandos. Às vezes, centenas se reúnem em torno de um único corpo d’água, para espanto de muitos agricultores, porque muitas vezes essas aves acabam comendo muitas das culturas cultivadas na região. Elas estão ausentes do sudoeste mais fértil e cantos sudeste mais profundos da Austrália Ocidental, desertos e a Península do Cabo York . Elas são as únicas aves da família Cacatuidae que podem se reproduzir após seu primeiro ano de vida

A reprodução poderá ser feita a partir de 12 meses e durante todo o ano, mas é aconselhável tirar apenas duas ou três ninhadas por ano para evitar a exaustão das aves. Uma postura tem geralmente de quatro a sete ovos com incubação de 17 a 22 dias. Os filhotes podem ser separados dos pais com oito semanas de vida.

De acordo com experiências mais atuais, constatou-se que em sua primeira postura, a fêmea acasalando com um macho de idade inferior a 12 meses, produziu quantidade inferior a 4 ovos.

O ninho pode ser horizontal ou vertical, mas geralmente são utilizados ninhos verticais de 30 cm de altura. O fundo do ninho deve ser coberto com turfa ou aparas de madeira. Ambos os sexos chocam, os machos principalmente de dia e as fêmeas de noite.

Na natureza, costuma se reproduzir nas épocas de chuvas, até porque os alimentos aparecem mais fartamente, em cativeiro a reprodução deve ser preferencialmente feita, na primavera e/ou verão. Na floresta essa ave geralmente procura um eucalipto que esteja próximo à água e faz seu ninho em algum buraco já existente na árvore.

A expectativa de vida da calopsita em cativeiro é em torno de 16-25 anos, embora às vezes é dado tão curto quanto 10-15 anos, e há relatos de calopsita que vivem até 32 anos, a mais velha espécime relatada tem 36 anos de idade. Dieta e exercício são os principais fatores determinantes na vida da calopsita.

No cativeiro foram surgindo mutações de cores variadas, algumas bastante diferentes das observadas na natureza. A partir de 1949 a espécie começou-se a difundir pelo mundo, com a criação do “silvestre”, e em seguida “arlequim” mutação desenvolvida na Califórnia, nos Estados Unidos.

Existem muitas mutações de calopsitas com cores variadas, são elas: Silvestre, Arlequim, Lutino, Canela, Opalina (Pérola), Cara Branca, Lutina, Albino (há um padrão albino e não apenas mutações genéticas), Pastel, Prata Recessivo e Prata dominante.

 

Referência: https://pt.wikipedia.org/wiki/Nymphicus_hollandicus
https://blog.petnanet.com.br/voce-sabe-como-cuidar-de-uma-calopsita-aprenda-aqui/